As portas da igreja
Ela pede perdão
Com os joelhos ja sangrentos
De tanto rastejar no chao
Morte o pecado
Acção feita
Acto consumado
Criança a sofrimento sujeita
Responsablidade de dois
Sofrimento de um
O julgamento vem depois
Sofre em silencio arrependida
Não há volta a dar
Alegria magoada, ferida
Sem forma de curar
Mantém sua pena no pensamento
Pelo que fez
Ela quer pagar
Sofrer por sua vez
De forma a sua dor aliviar
Perdida em lagrimas
Pede desculpa
Querendo voltar atraz
Dizendo que nao teve culpa
De frente para o mar
Pergunta ao vento
Não há meio desta dor acabar?
Que raio de sofrimento
Está a pouco e pouco
A matar-me por dentro
A cada minuto
A cada instante
Cresce a vontade
De se fazer justiça
Castidade sã?
Não!
Cheia de malicia
Coração negro
Marcado pela dor
Esfaqueado por dentro
Sofugada pelo pavor
Que guarda
Sem sentimentos ou amor
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